Chukwuemeka Victor Amachukwu, também conhecido como Chukwuemeka Victor Eletuo e So Kwan Leung, foi extraditado da França para os Estados Unidos para enfrentar acusações relacionadas a hackers sofisticados, fraude eletrônica e operações de roubo de identidade agravado.
O nigeriano de 39 anos foi apresentado perante o juiz Robert W. Lehrburger no Distrito Sul de Nova York, com o caso atribuído ao juiz distrital dos EUA Paul G. Gardephe.
Essa extradição ressalta os esforços colaborativos entre as autoridades dos EUA e parceiros internacionais para combater as transnacionais Ameaças cibernéticas, incluindo campanhas de spearphishing e exploração financeira em larga escala.
Detalhes da intrusão cibernética
De acordo com a acusação substituta e os documentos judiciais associados, Amachukwu, ao lado do co-conspirador Kinglsey Uchelue Utulu e outros cúmplices baseados na Nigéria, orquestrou um esquema de vários anos começando por volta de 2019 que visava empresas de preparação de impostos sediadas nos EUA em estados como Nova York e Texas.
Os conspiradores empregaram técnicas avançadas de spearphishing, e-mails de phishing personalizados projetados para enganar os destinatários e fazê-los divulgar credenciais confidenciais para se infiltrar nos sistemas eletrônicos dessas empresas.
Uma vez que o acesso foi protegido por meio dessas invasões de computador, o grupo exfiltrou informações de identificação pessoal (PII) de milhares de vítimas, incluindo registros fiscais e outros dados confidenciais.
Essas PII roubadas foram então usadas como arma para perpetrar fraudes eletrônicas, enviando declarações fiscais fraudulentas ao Internal Revenue Service (IRS) e a várias autoridades fiscais estaduais.
O esquema visava garantir reembolsos ilícitos totalizando aproximadamente US$ 8,4 milhões, com os conspiradores obtendo com sucesso pelo menos US$ 2,5 milhões por meio desses registros enganosos.
Em uma exploração paralela dos programas de ajuda do governo, o grupo aproveitou as identidades comprometidas para registrar reivindicações falsas sob o programa Economic Injury Disaster Loan (EIDL) da Small Business Administration (SBA), arrecadando US$ 819.000 adicionais em desembolsos fraudulentos.
De acordo com o relatório, essas ações não apenas envolveram acesso não autorizado e violações de dados, mas também constituíram roubo de identidade agravado, amplificando os danos financeiros e pessoais às vítimas.
Separadamente, Amachukwu é acusado de planejar uma operação de fraude de investimento, na qual atraiu vítimas com promessas de cartas de crédito de alto valor, supostamente garantindo retornos substanciais.
Na realidade, esses instrumentos eram fictícios, permitindo que Amachukwu desviasse milhões de dólares de investidores desavisados, exemplificando ainda mais um padrão de esquemas enganosos de fraude eletrônica.
O procurador dos EUA, Jay Clayton, enfatizou as implicações mais amplas de tal fraude cibernética, afirmando que as atividades de Amachukwu envolviam invadir empresas fiscais, traficar PII roubados e fraudar entidades federais como o IRS.
O diretor assistente do FBI, Christopher G. Raia, destacou a natureza multifacetada das ofensas, incluindo invasões de computadores via spearphishing e promoções de investimentos falsos, ressaltando o compromisso do FBI em perseguir os cibercriminosos globalmente por meio de parcerias robustas de aplicação da lei.
Penalidades potenciais
Amachukwu enfrenta uma ampla gama de acusações: uma acusação de conspiração para cometer invasões de computador, com pena máxima de cinco anos de prisão; duas acusações de conspiração para cometer fraude eletrônica e duas acusações substantivas de fraude eletrônica, cada uma punível com até 20 anos; e uma acusação de roubo de identidade agravado, determinando uma sentença consecutiva de dois anos.
Essas penalidades, prescritas pelo Congresso, são informativas, com sentença real a ser determinada pelo juiz presidente.
A acusação é liderada pelo procurador assistente dos EUA, Daniel G. Nessim, da Unidade de Fraudes Complexas e Crimes Cibernéticos do Distrito Sul de Nova York, com elogios estendidos ao FBI, ao Escritório de Assuntos Internacionais do Departamento de Justiça, ao Serviço de Marechais dos EUA e à Gendarmaria Nacional Francesa por seus papéis na prisão e extradição.
Como em todos os casos federais, as acusações continuam sendo alegações, e Amachukwu é presumido inocente até que se prove o contrário em um tribunal.
Este caso destaca o cenário em evolução das ameaças cibernéticas, em que os atores exploram vulnerabilidades digitais para obter ganhos financeiros, levando a uma maior vigilância nos protocolos de segurança cibernética em todos os setores.
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